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quinta-feira, 6 de maio de 2010

Alice... eu também vi e refleti...


Alice é uma viagem de entrada e saída do útero. Vi assim.

Quando ela cai no buraco, é como o espermatozóide que entra no óvulo.
As várias portas que ela tem de escolher, são as várias possibilidades do espermatozóide ser fecundado ou não. A menor porta, a brecha mínima é sua chance...

Fecundados então. Prossigamos viagem...

É como comparar a viagem de Alice ao nosso período no útero: um mundo desconhecido, de transformação, com certeza cheio de aventuras;
O Chapeleiro diz a Alice: Quando você for embora, não lembrará mais daqui!

De fato, não lembramos desse período no útero, mas os registros ficam em nosso inconsciente e são acessados, mesmo que a gente não saiba diretamente, em momentos de nossa vida, como na cena onde Alice lembra que já esteve naquele lugar antes... São flashs rápidos, mas que fazem cair muitas fichas...
às vezes a gente tem a sensação de já conhecer algo, de ter vivido, visto... Pode muito bem estar relacionado com nosso período no útero, onde éramos levados na barriga de nossa mãe(ou seria nosso coelho branco?).

É claro que quando Alice decide ir embora, é o momento do nascimento, voltar pelo mesmo caminho, ao contrário, transformados...

Bom, encerro por aqui, mas ainda estou refletindo sobre o assunto, tem um monte de outros elementos simbólicos... Assim que eu for esclarecendo, vou colocando aqui...

OBS _ A foto, é uma performance sobre ALice, que fiz em 2006, junto com Marsial Azevedo...

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