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sexta-feira, 28 de março de 2014

MUDANÇAS

Um dia alguém me disse, não me lembro quem: para se encontrar é preciso se perder!
Sempre duvidei e intimamente tive medo de perder, afinal quem não tem?
e o tempo passou, a frase ficou perdida no meio de tantas outras de efeito, se efeito...
um dia perdi, ou antes, achei que perdi...
o inevitável sofrimento calou minha alma por muitos dias.
aos poucos, a dor foi assentando, a ferida parou de sangrar e notei que ao lado da porta fechada havia uma janela ampla... um tanto desgastada pelo desuso... eu só buscava meus caminhos através das portas, havia esquecido na sabedoria adulta que há janelas, espelhos, guarda-roupas, tocas... há uma série de outras coisas que nos levam a 'mares nunca antes navegados' (valeu, Camões)...
e sem escolha, deixei que o não saber fosse mina bússola
e vi que o não saber também é bom
cria expectativas
traz novidades
agita o coração
o não saber nos permite sonhar
fazer planos sem muitas cobranças
Eu me perdi sim... Se me encontrei de verdade ainda não sei, nem nunca saberei, mas agora tenho variadas formas de buscar caminhos, tenho um labirinto de estradas, um arco-iris no horizonte, uma estrada de tijolos amarelos, verdes e azuis... tenho o infinito e as manhãs que renascem trazendo consigo as possibilidades de mudança. SEMPRE.

Priscila Modanesi

quarta-feira, 26 de março de 2014

http://www2.jundiai.sp.gov.br/2014/03/cultura-comemora-dia-do-teatro-e-do-circo/

Palavras de um Amigo

Esse texto escrito por uma amigo, Bruno Ferrari, muito bonito, que me tocou bastante!

Certo. Cedi. Guardo na gaveta o papel e a caneta predileta, e deixo dissolver cloridricamente o apego. 
Gosto de escrever só com o pensamento, sem anotar nada. Gosto de correr com as palavras, pra ver se elas me alcançam. 
Um dia, eu vou pensar, e o poema se há de traduzir, transliterar e registrar sozinho. A mente é mais rápida que a linguagem. 
Um dia, vou parir um poema que não terá verso. A métrica e a rima já as abandonei há tempos; no meu próximo poema vou deixar também o verso. Não haverá palavra. 
Não haverá imagem. Nem som. Nem forma. 
Mas será todo uma metáfora, um despejamento de luz gratuito e não traduzido, não contido, não mediado, sem rédea nenhuma. Um poema nu. 
Um poema plural, o sentimento poético inteiro, sem o filtro das poucas palavras que conheço. Será um poema sobre-humano? Ou justamente por não me passar pelas mãos, falaria abertamente de minha humanidade? Gesto este poema. Quando lher der à luz, será ele quem me iluminará. Sem versos me iluminará. Que destas orgias em meu cérebro nasça um rebento de luz!


Que assim seja e continue sendo!

terça-feira, 25 de março de 2014

CORTE FRIO

extremos baldios
cansaços doentios
o vai que vem
chega nunca
espero no limiar
um sentimento vazio
um dia acreditei
um dia quase
a rainha de copas gritou
CORTEM-LHE A CABEÇA
cabeças rolaram
ficou o vazio
nada de pensamentos
nem devaneios
escadas abaixo
cabeças e ideias
cabelos e sonhos
num segundo
de corte frio
do aço no pescoço
depois: o vazio!

Priscila Modanesi

segunda-feira, 24 de março de 2014

PERFORMANCE EM JUNDIAÍ

Nesta quinta-feira, dia 27 de março, Jundiaí comemorará através da Secretaria de Cultura e dos artistas da cidade o DIA DO TEATRO E DO CIRCO.
O Núcleo Híbrido de Pesquisa Cênica, do qual faço parte, apresentará a Performance
"O MENINO QUE CARREGAVA ÁGUA NA PENEIRA
ou OVO DE LOBISOMEM NÃO TEM GEMA"
Que é uma pesquisa que parte do universo de Manoel de Barros para compor seus signos e imagens!
Quem quiser, está mais que convidado! Será na Praça da Matriz de Jundiaí, por volta de 17h.





domingo, 23 de março de 2014

SANGUESSUGA


De sanguessuga fiquei tão farta
sugaram tudo... não sobrou nada
agora, os obesos senhores seguem suas vidas
obesos do meu sangue
obesos do meu tempo
obesos da minha "genialidade"
que agora é coisa do passado

O ciclo do sanguessuga não tem um período certo de existência
na verdade, depende da sua resistência
o quanto você tem pra oferecer...
o quanto sabe driblar os problemas deles
superar frustrações
ganhar bônus, prêmios...
Até aí o sanguessuga está com você

Mas há um período no ciclo do sanguessuga
em que ele percebe que você está meio caído
pra baixo
sem tantas invenções mirabolantes
e é nesse momento que o hospedeiro resolve levantar acampamento
e leva com ele tudo...
Mas, por princípios, o danadinho não diz a ninguém que te sugou
ele toma pra si as verdades e as propaga, assina embaixo
ele tem ideias inovadoras, faz novos círculos, cria expectativas
ganha seus trocados, o rei da festa
de vez em quando, pode ser que o sanguessuga tope com você...
Mas não, não espere reconhecimento, afinal, sanguessugas são vermes
o que esperar dessa espécie?

Priscila Modanesi.

sábado, 22 de março de 2014

Um trecho de Osho

Postado pela amiga Cássia, achei muito bacana, resolvi postar aqui:



" Quando Alice estava tomando chá com o Chapeleiro Louco, ela notou que não havia geléia. Pediu, então geléia, e ele disse:”A geléia é servida dia sim, dia não. ”Alice reclamou: ”Mas ontem também não havia geléia!” ‘Isso mesmo’ respondeu o Chapeleiro Louco. ’A regra é esta: geléia sempre ontem e geléia amanhã, nunca geléia hoje…porque hoje não é ontem nem amanhã.

E é assim que você está vivendo: geléia ontem, geléia amanhã, nunca geléia hoje. E é aí que está a geléia! Assim você imagina; você vive em um estado dopado, sonolento. Você esqueceu completamente que este momento é o único momento real. E, se quiser algum contato com a realidade, acorde aqui e agora! "

Livro “O homem que amava as gaivotas" – OSHO

quinta-feira, 20 de março de 2014

carinho de fada.

Às vezes ela vem... a magia que transcende
e é tão pura quanto água de rio
e riso de criança
delicada feito asa de borboleta
a magia nos toca pela ponta de seus dedos frágeis
e nos deixa sem saber se foi apenas sonho
a diferença está em acreditar ou não
a diferença mora em como enxergar esses momentos
crer que eles estão ali como presentes do Universo
oferta dos deuses
carinho de fada...
e pode nos fazer ampliar a janela da alma
a intuição
a inspiração
que vem numa simples brisa
porque a magia mora ali também
na brisa e nas estrelas
na terra e no fundo dos olhos...




"Escrevo nesse diário o que eu gostaria de gritar ao mundo, mas não tenho a coragem necessária! E o que é ter coragem quando a gente se sente a pessoa mais inferior e inútil de todas? O que é ter coragem de enfrentar o mundo quando a escuridão é mais confortável? A cada dia, a vontade de ficar mais e mais quieta aumenta... Tudo o que eu digo parece que se vira contra mim, tudo que me dizem parece ser ofensivo, todas as palavras soam amargas e agressivas... Queria um mundo só meu: sem ouvidos nem palavras!"

- trecho do texto BULLYNG É  COISA SÉRIA!, escrito e dirigido por mim.

Sempre!

"As ideias dançam. Vivas. Coloridas. Nos sonhos, elas são símbolos. Acordada, elas perseguem. Em todos os detalhes. No mais pequenino, ela mora. Reside, à espreita. E me surpreende, sempre!"
Priscila Modanesi


(foto: Pina Bausch)
https://www.facebook.com/NucleoHibridoDePesquisaCenica


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