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terça-feira, 7 de abril de 2015

Deriva.

O amor e suas implicações que não se medem em ampulhetas
nem em fórmulas matemáticas
nunca se sabe que riquezas pode encontrar
às vezes somos o tesouro
noutras o pirata
por vezes um mapa

há dias em que me sinto o velho papagaio caolho no ombro do pirata...
anunciando os horizontes à vista mesmo sem compreender de imensidão e direções exatas...

há dias em que a bússola não sabe pra onde me direcionar
e fico à deriva...
no meio do amor... no meio do mar
as ampulhetas quebradas
a matemática que eu nunca soube utilizar...
nada me guia nesses momentos de mergulho cego
eu sou um náufrago
eu sou um vendedor de peixes
eu sou o que tece a rede do pescador
eu sou a espuma. o marulhar...
eu sou Iemanjá.

Priscila Modanesi

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Sobre matar Leões

"Às vezes sinto uma preguiça em caçar os leões nossos de cada dia...
É força bruta viver.
É suor que ao fim do dia...

A gente lamenta ou transforma em poesia....
Às vezes não mato leões
Falo a eles sobre coragem
E ficamos longas horas debatendo a vida.
Às vezes eu finjo que mato e guardo os leões dentro do peito.
Eles se amansam no pulsar do meu coração
Mas antes que criem casa
Eu os expulso de forma absurdamente voraz
Em ímpetos
Em intensidade
Com as garras afiadas.
Tem dias que é melhor ser o leão e deixar-se ser caçada...
Não abatida... mas presa por um tempo em algo que faça sentido....
Porque no fim das contas os leões são alegorias que nos mostram o quanto a vida é selvagem e pode nos devorar"


Priscila Modanesi

Rapunzel onde nasce a Primavera


quinta-feira, 2 de abril de 2015