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sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Confissão

às vezes choro, porque a saudade é intensa;
engraçado como o amor e a tristeza se materializam fisicamente;;;
tenho dores no estômago e calafrios...
tenho insônia.
por você eu rio e choro ao mesmo tempo.
ou ainda, por você eu ri e hoje choro todo o tempo;
por mais que a vida tenha colocado pontes intransponíveis,
o amor, cego que é, não as enxerga
ele só tem capacidade de sentir
e reage, quando contrariado, de maneiras nada agradáveis.
Tenho sonhado. Várias noites. Sonhos que se repetem.
Percebo meu inconsciente gritando.
mas que se há de fazer?
inconsciente, alma e coração lutam cada qual sua batalha
para tentar te esquecer
nesses momentos um chá de esquecimento cairia bem;;;
já não tenho forças pra qualquer coisa.
simplesmente me saboto
finjo que não me ouço. me ignoro. me esqueço.
não há mais nada a dizer e nem a escutar.
não há caminhos seguros que me aproximam de você.
mas não há como voltar atrás. regredir.
vou até onde a vida me levar
em minha bagagem secreta sempre carregarei nosso universo particular.
com as dores e as alegrias que compartilhamos;
há dias que a ferida sangra sem meios de remediar.
outros em que estou entorpecida demais e não sinto nada.
há dias que sinto alegria pelo que vivi...
e há dias, como hoje, que tento transformar tudo isso num relato...
num desabafo, numa confissão; mesmo sabendo que você jamais irá ler.

Priscila Modanesi