poemaemcontagotas

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segunda-feira, 11 de julho de 2016

Eu mesma

ah... que estranha forma de amar...
e causar dor e mágoa a quem se ama
um peito ferido, sangrando
longe, numa rua sem árvores, sem nuvens
sem música, uma rua fúnebre
onde o amor guardado, machucado, não espera perdão
nem piedade
não pensa em voltar
nem em telefonar
nem ao menos diz olá
esse amor conturbado
mitificado
e antigo
mora ainda no mesmo lugar
porém a geografia mudou
o horário de verão chegou
eu dancei
você dançou
quem de nós é o mesmo?
quem de nós curou-se?
quem de nós deixou a utopia para viver em paz?
não sei, não me peça explicações
só aceite essas palavras
como versos chorosos
como lembrança tardia
como um jeito de te rever
porque algumas almas só encontram meios de amar assim
no instante em que o corpo no precipício
precipita-se...
precisa-se
é preciso
preciso
priscila
modanesi.