poemaemcontagotas

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sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Confissão

às vezes choro, porque a saudade é intensa;
engraçado como o amor e a tristeza se materializam fisicamente;;;
tenho dores no estômago e calafrios...
tenho insônia.
por você eu rio e choro ao mesmo tempo.
ou ainda, por você eu ri e hoje choro todo o tempo;
por mais que a vida tenha colocado pontes intransponíveis,
o amor, cego que é, não as enxerga
ele só tem capacidade de sentir
e reage, quando contrariado, de maneiras nada agradáveis.
Tenho sonhado. Várias noites. Sonhos que se repetem.
Percebo meu inconsciente gritando.
mas que se há de fazer?
inconsciente, alma e coração lutam cada qual sua batalha
para tentar te esquecer
nesses momentos um chá de esquecimento cairia bem;;;
já não tenho forças pra qualquer coisa.
simplesmente me saboto
finjo que não me ouço. me ignoro. me esqueço.
não há mais nada a dizer e nem a escutar.
não há caminhos seguros que me aproximam de você.
mas não há como voltar atrás. regredir.
vou até onde a vida me levar
em minha bagagem secreta sempre carregarei nosso universo particular.
com as dores e as alegrias que compartilhamos;
há dias que a ferida sangra sem meios de remediar.
outros em que estou entorpecida demais e não sinto nada.
há dias que sinto alegria pelo que vivi...
e há dias, como hoje, que tento transformar tudo isso num relato...
num desabafo, numa confissão; mesmo sabendo que você jamais irá ler.

Priscila Modanesi

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Fase Regional | Mapa Cultural Paulista 2015

O Núcleo Híbrido de Pesquisa Cênica representa Jundiaí na Fase Regional do Mapa Cultural Paulista 2015, na Categoria Teatro.
O espetáculo a ser encenado é Rapunzel - Onde nasce a Primavera.
A apresentação será no dia 14 de outubro, quarta-feira, às 20h, no Auditório Municipal de Valinhos.


quarta-feira, 16 de setembro de 2015

A Odisseia - The Paper Cinema



Em ‘A Odisseia’, de Homero, o rei Odisseu ainda não retornou à sua casa, mesmo depois de 9 anos após o fim da Guerra de Troia. Durante sua ausência, seu reino foi sitiado e todos os seus bens, assim como sua esposa são disputados, mas o seu destino e o destino de seu povo está nas mãos dos Deuses, com todos os seus encantos e caprichos. O grupo inglês The Paper Cinema, reconta esta obra e utiliza-se de bonecos desenhados à mão que são animados através de um cinema feito ao vivo, assim como a música que acompanha toda a ação.




Uma co-produção The Paper Cinema e Battersea Arts Centre



Composição Musical: Christopher Reed, Ed Dowie, Katherine Mann and Matthew Brown
Dias 16 e 17 de setembro, às 20h, no Sesc Jundiaí

www.sescsp.org.br/jundiai


sábado, 29 de agosto de 2015

DOROTHY

Embora ela, eternamente apaixonada, saiba que além dos portões existem outros mundos, com horizontes menos vorazes...
Embora algumas pessoas a cativem, sabe que precisa pensar em si...
Embora ela queira ficar, vai embora!
E a estrada terá todas as cores que deseja...
E o reino não possuirá tiranos, apenas artistas, -de verdade-,
Não pseudo-artistas...
Seu castelo é o próprio mundo, porque as paredes limitam e os sonhos são etéreos, não se prendem...
- Dorothy... Um dia você volta?
- Um dia é muito pouco... Jamais voltamos pro mesmo lugar de onde saímos... porque nos modificamos a todo momento... Eu não volto não... Eu vou além, sempre!

[p. Modanesi]

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Papais e Mamães.... Toda Família!!

Dica imperdível pra esse fim de semana:

AS CASAS
[COLETIVO DE VENTILADORES]




João Redondo e Antônio Quadrado são dois cidadãos comuns, vizinhos, que habitam numa cidade como qualquer outra do mundo. Eles possuem um ponto em comum: a paixão pela música e pelos livros. E outro ponto que os diferencia: a maneira que eles se relacionam com o lixo produzido. A partir das histórias de vida de cada um deles, os espectadores serão conduzidos à uma reflexão sobre o planeta e sua sustentabilidade.

Direção: Fábio Supérbi e Juliana Notari

Onde? No Sesc Jundiaí
Quando? Dias 29 e 30 de agosto, às 11h





http://www.sescsp.org.br/programacao/69669_AS+CASAS

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Check list da manhã

Acordar pela manhã
olhar o céu
sentir o clima
fazer um café
ao som da música preferida
pensar, de leve, nas coisas a fazer
dizer bom dia para pessoas importantes
em sua vida,
mesmo que virtualmente.
Tomar um banho com calma
prestar atenção na água que cai no corpo
mentalizar a negatividade indo embora
usar um perfume gostoso
pentear os cabelos tranquilamente
alongar o corpo
limpar a casa, ainda que apenas um cômodo
colocar as coisas no lugar
jogar fora o que está em desuso
respirar. cantar.
pensar em coisa boas
definir prioridades para o dia
abraçar alguém especial
sair de casa feliz para o trabalho
afinal, ele é a base do seu sustento
no caminho, observar ao redor
rezar em silêncio para o seu Deus
buscar o riso e a cordialidade
ler poesia, consumir arte
dizer "eu te amo" quantas vezes for necessário
não passar vontade
cometer pequenas "gordices"
sem peso na consciência
tomar chá
tomar água
comer frutas
olhar o entardecer e sentir-se parte dele
tentar, ainda que seja difícil,
colocar a negatividade fora da mente
fora da pauta
assistir um desenho animado e rir
não dar tanta importância para o que não se pode resolver
sentir o anoitecer
curtir a casa
o silêncio
chamar os anjos
tem um bom papo com eles
dizer boa noite para seu amor
aconchega-se em seus lençóis
e ter lindos sonhos
conforme combinado com seus anjos da guarda.

|Priscila Modanesi|

terça-feira, 7 de julho de 2015

Há certo tempo, vivia pelos arredores uma jovenzinha que igualmente a você adorava desrespeitar as regras de sua mãe; Sua pobre mãe dizia: Filha, não vá pelos caminhos da floresta, há perigos demais! Mas a jovenzinha, escondida de sua mãe, enfiava-se em sua capa vermelha e partia a aventurar-se. Voltava sempre antes do anoitecer. Mas um dia, um som hipnotizante a fez ficar quando a Lua era alta no céu e sua mãe desesperada com o sumiço, saiu em busca da filha... Porém, a única coisa que encontrou foi a velha capa vermelha... E, em cima da capa, descansava satisfeito um grande lobo, que havia saciado sua fome devorando a jovem!

terça-feira, 7 de abril de 2015

Deriva.

O amor e suas implicações que não se medem em ampulhetas
nem em fórmulas matemáticas
nunca se sabe que riquezas pode encontrar
às vezes somos o tesouro
noutras o pirata
por vezes um mapa

há dias em que me sinto o velho papagaio caolho no ombro do pirata...
anunciando os horizontes à vista mesmo sem compreender de imensidão e direções exatas...

há dias em que a bússola não sabe pra onde me direcionar
e fico à deriva...
no meio do amor... no meio do mar
as ampulhetas quebradas
a matemática que eu nunca soube utilizar...
nada me guia nesses momentos de mergulho cego
eu sou um náufrago
eu sou um vendedor de peixes
eu sou o que tece a rede do pescador
eu sou a espuma. o marulhar...
eu sou Iemanjá.

Priscila Modanesi

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Sobre matar Leões

"Às vezes sinto uma preguiça em caçar os leões nossos de cada dia...
É força bruta viver.
É suor que ao fim do dia...

A gente lamenta ou transforma em poesia....
Às vezes não mato leões
Falo a eles sobre coragem
E ficamos longas horas debatendo a vida.
Às vezes eu finjo que mato e guardo os leões dentro do peito.
Eles se amansam no pulsar do meu coração
Mas antes que criem casa
Eu os expulso de forma absurdamente voraz
Em ímpetos
Em intensidade
Com as garras afiadas.
Tem dias que é melhor ser o leão e deixar-se ser caçada...
Não abatida... mas presa por um tempo em algo que faça sentido....
Porque no fim das contas os leões são alegorias que nos mostram o quanto a vida é selvagem e pode nos devorar"


Priscila Modanesi

Rapunzel onde nasce a Primavera


quinta-feira, 2 de abril de 2015

segunda-feira, 30 de março de 2015

Abismo

"Ando com meus medos... feito sombras... todos temos afinal.... umas peças que não se encaixam... mas quando eu ando no escuro, batendo a cara nas portas e a alma no abismo.... sinto-me sufocar... peço ajuda e choro. Há uma arma pulsante engatilhada em minha direção. Quem nunca teve curiosidade em brincar de roleta russa?
Tenho minhas aflições. Meu desassossego.
Me abraça forte, eu peço
Me beija.
Acenda a luz e abra as janelas.
Traga uma porção de sol e anis
Uma brisa lilás.
Traga seu olhar carregado de amores..."
P. Modanesi.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Dose Diária

Eu quero respirar a novidade
os presentes de Deus
Reencontrar a alma que habito
Eu quero encontrar a verdade,
onde nunca imaginei procurar

Eu quero estar para os detalhes
lapidar bons hábitos
Eu quero (RE)descobrir o amor
Repurificá-lo

Quando de manhã a vida parecer chata
que eu tenha um bom chá de humor
um jardim onde encontrar pássaros
uma árvore mágica onde eu possa rezar

Eu quero criar vínculos com a delicadeza
de fadas. amigos. gatos. crianças.
Laços de afetividade e cetim
Eu desejo que a tranquilidade tenha uma rede em casa
Pra descansar todo fim de tarde
Enquanto leio Manoel de Barros

Eu preciso de uma dose diária de poesia
Seja na palavra, seja no trem
Eu preciso de uma pausa para respirar
Respir AR Res PIRAR
... vagarosamente ...

|Priscila Modanesi|
"Um dia lhe disseram que só um beijo de amor verdadeiro poderia quebrar o encanto da morte. Um beijo na boca. Igual nos meus sonhos. Eu sonho todas as noites com um beijo na boca. Doce. Molhado. Verdadeiro. O que as pessoas diriam se eu contasse que sonho com um beijo na boca? Eu tenho coragem de contar. Eu conto. Quando eu durmo, deixo meu rosto bem perto do travesseiro. E então ele vem... "

|Priscila Modanesi| trecho do texto RAPUNZEL_ONDE NASCE A PRIMAVERA