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quarta-feira, 25 de abril de 2012

MANIFESTO DE FORMIGUINHA - PARTE I

os tempos mudaram... Os tempos modernos estão ultrapassados a contemporaneidade perde a vez para definiçõe ainda não feitas... vivemos uma época de muita liberdade e poucas ideologias temos tudo tão à mão que fica difícil perseguir a utopia... temos esconderijos e passatempos demais que nos engana, enquanto a vida vai... hoje, já virou até clichê botar a culpa na "sociedade" e no governo... A sociedade somos nós, e o governo somos nós que escolhemos, porque vivemos numa Democracia! então, será que nossa voz ativa não anda abafada demais? será que o mundo virtual não está tomando conta da nossa ação e reação do mundo real? vivo na correria, tenho filhos, trabalho, ando de ônibus, ando à pé pela cidade e vejo tantas coisas... essas coisas me trazem a certeza do muito que podíamos fazer e não fazemos, do trbalho de formiguinha que pode construir toda uma sociedade mais organizada e justa... Ando de ônibus , no mínimo duas vezes por dia, mas até ano passado pegava 4 ônibus pra ir trabalhar e voltar pra casa... e é incrível como observo a falta de educação nos ônibus: pra começar, não há mais filas, as pesoas esperam sem uma ordem e quando o ônibus pára, pra minha supresa, quem entra na frente são os homens! Os homens se colocam diante da porta do ônibus e vão entrando, mulheres, senhoras e crianças não tem vez!! E isso se estende ao assento preferencial, que muitas vezes é ocupado por pessoas que não precisam! Geralmente, as pessoas desviam o olhar quando entra uma mulher grávida, por exemplo, esperando que outra pessoa ceda seu banco... Assim a coisa vai!! A quantidade de pessoas que jogam lixo na rua é inadimissível numa sociedade onde temos tudo ao nosso alcance... Jogar lixo no chão?? Jogar lixo da janela do ônibus pra fora, sem nem ao menos olhar se tem alguém do lado de fora? Acorda, gente!! Se não há um lixo por perto, guarda na bolsa, na sacola... em qualquer lugar, mas não joga no chão... é horrível essa atitude! Observo isso em homens, mulheres, mães com crianças do lado, que exemplo estão dando?? Jovens e senhores, todos fazem isso! Observe as ruas de sua cidade depois do fim de semana: é só latas de cerveja, litros de bebida e até preservativos! Essas pessoas que se julgam tão descoladas, que tem seu carro e toma uma cervejinha e curte a "night" não tem a mínima civilidade de jogar seu lixo no lixo!! E isso, minha gente, não é culpa do político que tá no poder! A culpa é nossa! Tenho dias e dias... tem vezes que não quero olhar pra cara de ninguém na rua, em outros quero abraçar todo mundo! Somos assim, afinal... Mas pequenas atitudes deviam ser hábito e não depender do humor! Nos supermercados, a crise dos carrinhos é insuportável... As pessoas não podem simplesmente guardar o carrinho que usou para fazer compras, elas deixam no estacionamento, de qualquer jeito, aí você chega com seu carro e não pode estacionar porque tem um carrinho ali!! Com essa onda de não ter sacolinhas, só piorou, pois colocam as compras em caixas e deixam o carrinho ali mesmo na fila, dentro co supermercado! Aí você não consegue passar sua própria compra com seu carrinho, porque tem outro ocupando o espaço! Que tipo de gente é essa? O que viramos, afinal? Será que a modernidade nos tornou "homens das cavernas"?? Esse tipo de atitude se torna opressora, porque em todos os lugares tem muita gente... As cidades estão superlotadas e as pequenas cidadezinhas também! Esses hábitos tornam o caos mais estridente, a gente não consegue curtir simples tarefas do dia-a-dia... A qualidade de vida é baixa!! Temos medo de violência... Eu tenho! E isso, às vezes, inibe nossas atitudes! Qunatas vezes vi mães falando com seus filhos pequenos com extrema grosseria e quis falar, mas me calei... Acho que fui convarde! Hoje, não dá pra saber qual vai ser a reação da pessoa que você vai falar! Por isso, comecei esse manifesto... de formiguinha mesmo, porque sou só eu! Mas, quem sabe, mais pessoas se mobilizem e percebam por si próprias suas pequenas atitudes e tentem dar o bom exemplo!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Cia de Teatro Educando com Arte navegando... LINHA 7 - NAVIO NEGREIRO

Sinto muito orgulho de ser diretora da Cia de Teatro Educando com Arte... Algo que começou quse que como uma utopia... mas deu certo! Muitas pessoas passaram peloa cia, pelas oficinas, outras me ajudaram a coordenar esse projeto e levá-lo adiante... É uma vida, uma batalha, um sonho sonhado junto, com muito esforço e amor!
Os espetáculos que dirigi, os intermináveis ensaios, os atores e suas descobertas... Tem gente que começou comigo, era pequinininho, hoje já é uma pessoa formada!
Cada conquista faz com que tenhamos mais fôlego de seguir... Cada prêmio, cada apresentação, cada pessoa que conhece nosso trabalho é sem dúvida um retorno positivo.
Agora, a Cia conquistou o PROAC, algo que eu sempre quis, mas que julgava impossível, pois há muita concorrência, tem muita gente boa por aí... Mas, quando fiquei sabendo... foi maravilhoso!
Pessoalmente, é uma conquista e tanto pra mim... que há tantos anos trabalho e vivo de teatro... Agora, estamos trabalhando pra caramba pra cumprir o Projeto contemplado... Mas há um deleicioso sabor de trabalho realizado, de dever cumprido que permeia cada apresentação...
Obrigada ao elenco por acreditar em mim enquanto diretora, e vamo que vamo que o navio começou sua trilha agora!!!

http://www.lucasitupeva.com.br/noticias/peca-teatral-navio-negreiro-sera-apresentado-em-jundiai/

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Paixão de Cristo

Com a Páscoa se aproximando, é impossível deixar de pensar no significado por trás da troca de ovos e coelhinhos fazedores de chocolate...
Quem é cristão, relembra os momentos que antecederam a prisão, condenação e crucifixação de Cristo.
Existem várias celebrações, procissões, missas e orações, às quais eu pessoalmente não sei, por não ser frequentadora de nenhuma religião... Isso não elimina meu conhecimento da história e o quanto ela é capaz de nos colcoar pra pensar... Ouvir sobre a Mitologia de Cristo nos coloca diante de um homem de carne e osso, filho de Deus e de uma Virgem... anunciado por um Anjo... guiado por uma estrela e presenteado por MAgos... Há mais de dois mil anos atrás, no calor de um deserto árido...
E, depois, tudo que se passou com o bebê... A trajetória de Jesus é cheia de milagres, viagens, peregrinações, sofrimento, suas palavras sempre trazem alento, sua humildade é espantosa, sua sabedoria nos alimenta...
A violência com que ele é acusado, julgado e morto também nos provoca uma sensação de impotência, de reflexão e tristeza...
Tenho a oportunidade de relembrar essa história todos os anos, não pela Igreja, mas pelo Teatro. Fiz uma adaptação, baseando-me nos Evangelhos e com citações de outras Doutrinas também, como a budista, a espírita... Assim como uso poemas de Fernando Pessoa e citações de Joseph Campbell, influências para criar o texto de Jesus de Nazareth, um espetáculo que pretende ser uma obra artística, pretende contar essa história sem se fechar em uma religião...
Quando assumi o desafio, fiquei com medo de levantar questionamentos aos quais não poderia responder... mas as coisas seguiram seu rumo sem grandes atropelos... Encarei o desafio de viver a personagem Maria, mãe de Jesus. Geralmente, quando dirijo um espetáculo não atuo ou faço pequenas participações. Nesse caso, Maria era uma deliciosa tentação para meu lado atriz... Viver a mãe das mães... E olha, é extremamente gratificante, emocionante e revelador representar Maria!
As emoções brotam. Ela é tão humana, tão bondosa, tão fiel a Deus...
Ano a ano reunimos o elenco de jovens e crianças e ensaiamos todos os domingos. À medida que mergulhamos nas cenas e na história, a energia pulsa e se torna quase palpável.. No início é difícil fazer alguns atores acreditarem e sentirem a verdade das cenas, mas quando isso acontece é delicioso!
O que acontece entre o elenco é algo mágico e sensível, que se intensifia e atinge seu clímax nas apresentações, que são realizadas em praça pública!
o céu, as estrelas, a lua... o vento contracenando com a gente, o público que nos acompanha atentamente, tudo contribui para a chamada catarse! E ela vem! Vem e nos move, nos balança, nos comove!
Ao fim do espetáculo, já não aguentamos e as lágrimas correm verdadeiras e livres... é um banho de alma mesmo!
E que bom que podemos passar por isso todos os anos. Esse espetáculo nos revela também enquanto seres humanos e isso é fundamental em nosso trabalho e aqueles que sentem isso, sem dúvida, são os que aguentam os calorentos ensaios aos domingos... Mesmo que essas pessoas não tenham consciência, intimamente há essa identificação. Teatro é uma troca, algo todos nós recebemos com essa experiência!
É o que espero descobrir novamente este ano... Por isso, todos que tiverem a oportunidade, curiosidade, vontade... seja lá o que for, vão assitir à Paixão de Cristo!