Um
registro de idéias, num flash epopéias
Muitas!
São centopéias,
Um
cêntuplo de pensamentos
Centúria
a lutar contra preconceitos
Um
cêntimo por esse silêncio
Displicência
centenária nos trejeitos
Resvala
o dó, o sol, centavos a velejo...
Meu
eu lírico é desigual, até casual
É
rouco, uma rima sensual
Despejada
em odes, odisséias
Mariposas
simétricas
Retilíneas
esconjurações
Designações
do meu eu-proposital
Sou
uma hipérbole com mil paradoxos
Superlativos
abstratíssimos!
Escrevo-me
ou descrevo-me, sou emergente
Transcendente
de um estilo literário
Nem
rótulos, nem catálogos
Enluarada,
ensolarada, intempestiva
Radioativa,
figuração, protagonista
No
caos das idéias iluministas!
Um
elo inebriante entre povo e governante
É
um sabor diverso experimentar tais gumes,
É
uma gota de sabedoria caindo n’alma
Em
um segundo apenas um minueto gracioso
Um
minuto de sobra,
Percorrer
muitos quilômetros num minuto-luz
Um
miríade de explicações e conotações
Sentimentos
momentâneos, duradouros
Centímetro
a centímetro
Olho
no olho,
Alcançando
a vida, diminuindo-a então
É
uma conseqüência lógica, mas nem sempre percebida
A
indignação mede muitos quilowatts,
Mas
tem sua força na inércia dos tempos
É
uma revolução quixotesca
Um
qüiproquó circense, mambembe
A
revolução é um peixe-voador
Que
de séculos em séculos arrisca pequenos vôos
Quimera
doce viver a anos-luz
Soletrando
o mi, o fá, notas múltiplas
Como
os dias, vividos em lupas
Flash-back,
lugar-comum, saudosismo natural
Um
vintém por uma hora a mais
Um
tostão para viver novas loucuras
Molecagens,
muitas travessuras
E
esquecer o presente que está falindo o futuro
Mais
uma cantiga de roda
Aquela
antiga rota
Que
nos conforta, nave especial,
Encubadouro
de filosofias!
Lusíadas,
troianos, muçulmanos
Reacionários,
ultra-humanos
Clonagem
lírica de gramáticas científicas
Ao
fim códigos, números, registros
Muitos
dólares, coração extinto
Por
enquanto ainda vivemos descomplicados
Construindo e bombardeando grandes telhados!
PRISCILA MODANESI