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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Tenho tantos medos, abrigo-me dentro de mim
frágil que sou, fico incerta o tempo todo
choro muitas vezes... escondida
amaldiçoo de quando em quando a vida
e me arrependo depois, perdida...

quando triunfo, percebo a Sombra
fecho os olhos, ela dissipa
mas está lá a me acompanhar
uns chamam de depressão, outros pânico
há quem diga ser bobagem
há quem diga ser espiritual
há quem não diga nada

o fato é
o fato foi
e será?
até quando será?
quais as bagagens que devo deixar pela estrada
quais os caminhos?
há fronteiras às quais sempre me mantive longe
serão essas as corretas?
será que devo desbravá-las?

os dias passam com as dúvidas
ora machucando mais
ora quietas demais
as noites insones não me deixam sonhar
nem ao menos pensar
olhos abertos
olhos no teto
tudo escuro
silencioso
uma batalha interior
agressões palavrões arranhões
entre alma coração e razão
entre corpo e desejo
sonhos e obrigações

sinto medo, como não sentir?
tenho dúvidas, como saber agir?
às vezes parto pra vida
às vezes ela me parte em mil pedaços
às vezes quero só um abraço
de um amigo que está longe
de um filho que está do lado
de um amor que é secreto
de uma árvore que respira o mundo
quero tudo a vida toda num único segundo
e sou!

Priscila Modanesi

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