poemaemcontagotas

poemaemcontagotas

Pesquisar este blog

quarta-feira, 23 de abril de 2014

SEGREDOS DE MULHER

Não há culpa nem culpados
Quando os olhos que estavam fechados
Se olharam
Quando a força inebriante
De uma exigência
Foi mais forte que nós.

Não há culpa nem culpados
Quando nossos corpos se descobriram
Nossas mentes se alinharam
Num êxtase de pólos e desejos.

Não há culpa nem culpados
Quando a sua voz calou a minha
Quando a luz se apagou
E seus olhos se fecharam
E meus lábios o seu beijou
Não há culpas, só paixão!

Não há culpa nem culpados
Quando nossos corpos queimando
Sem limites se caçaram
E os seios...
O peito másculo...
E as línguas se açoitaram!

Não há culpa nem culpados
Já que pecamos em comunhão
Já que estreitamos nossas urgências
Já que nos perdemos então.
Agora que desejo ouvir sua voz
Agora que deseja ouvir minha voz
Agora o que será de nós?

Não há culpa nem culpados
Nessa guerra talvez perdida
Mas a história que nos une
É mesmo uma história linda
E o amanhã que nunca prevemos
Guarda ainda algumas cartas
Nossos ciganos bailam juntos
E não são cartas marcadas!

Peço somente que me chame
Pra dizer ou pra ouvir
Peço somente que acredite
Que não foi só miragem
Que ainda arde meu desejo
À espera da viagem
Que guarda momentos de rara felicidade!
(A Caravana, A Caravana, A Caravana, A Caravana...)

PRISCILA MODANESI



Um comentário:

  1. deixar rolar o que vai com os ciganos, a caravana vai certa como o vento para todos os lugares do mundo

    ResponderExcluir