Não
há culpa nem culpados
Quando os olhos que
estavam fechados
Se olharam
Quando a força
inebriante
De uma exigência
Foi mais forte que
nós.
Não
há culpa nem culpados
Quando nossos
corpos se descobriram
Nossas mentes se
alinharam
Num êxtase de pólos
e desejos.
Não
há culpa nem culpados
Quando a sua voz
calou a minha
Quando a luz se
apagou
E seus olhos se
fecharam
E meus lábios o seu
beijou
Não há culpas, só
paixão!
Não
há culpa nem culpados
Quando nossos
corpos queimando
Sem limites se
caçaram
E os seios...
O peito másculo...
E as línguas se
açoitaram!
Não há
culpa nem culpados
Já que pecamos em
comunhão
Já que estreitamos
nossas urgências
Já que nos perdemos
então.
Agora que desejo
ouvir sua voz
Agora que deseja
ouvir minha voz
Agora o que será de
nós?
Não há
culpa nem culpados
Nessa guerra talvez
perdida
Mas a história que
nos une
É mesmo uma
história linda
E o amanhã que
nunca prevemos
Guarda ainda
algumas cartas
Nossos ciganos
bailam juntos
E não são cartas
marcadas!
Peço
somente que me chame
Pra dizer ou pra
ouvir
Peço somente que
acredite
Que não foi só
miragem
Que ainda arde meu
desejo
À espera da viagem
Que guarda momentos
de rara felicidade!
(A Caravana, A
Caravana, A Caravana, A Caravana...)PRISCILA MODANESI
deixar rolar o que vai com os ciganos, a caravana vai certa como o vento para todos os lugares do mundo
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