silêncio é o que me habita
mesmo quando a alma grita
paixão feroz
desde as coisas mínimas
apaixono-me por folhas em branco
escritas
apaixono-me por nomes que não conhecia
sonhos alheios
itinerários
desoriento-me.
de tanto reviver o passado
to com cara de museu
to com a alma empoeirada
o coração de mármore
uma epígrafe desbotada
esses dias tem consumido anos a fio
não gosto de quase nada mais
não quero nada
só vivo do inevitável
e já é muito
pudera sumir
consumir
desistir
não ir
não vou não vou
não tenho ido
não tenho estado
não tenho feito
nada tenho, de fato
tudo é devagar
pasmaceira
monotonia
canseira
rotina
mesmice
queria não querer
ser somente óbvia
calar esse pulso
esse desejo
essa tonteira toda
serei óbvia
perdoe-me, serei óbvia.
priscila modanesi
sexta-feira, 18 de abril de 2014
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