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terça-feira, 2 de outubro de 2012

TUA PORTA


Repetir erros
Assinar outras folhas em branco
Esquecendo-se da corda no pescoço
Da arma apontada pra cabeça
No exato momento em que tropeço no mesmo buraco
Com os mesmos sapatos cretinos, errantes
Bato de novo na tua porta
A antiga, doutra época
Você nunca está, nunca esteve
Mesmo nos dias mais importantes!
Desatino na contramão, novas multas
De velhas infrações
Encontro uma luva, cadê a mão?
Repetir respostas, desculpas
Assinalar sobre as rasuras
De um coração malfeito, mal-amado
Inacabado na ilustração do caderno de colegial
As letras rabiscadas sem inocência
Desejando coxas nas mãos as mãos nas coxas
Em eternas ...
O telefone invariavelmente ocupado
Sua linha não cruza meus mapas
Você de algum jeito sempre escapa
As lagrimas caem sempre dos meus olhos
Molham apenas o meu rosto
Secam-se com o vento
Que já bateu outra vez a porta
Tua antiga porta
Que nunca abriu pra mim
Talvez seja o endereço errado
Repetir erros, mesmas batidas
Assinalar a mesma questão
De uma questão
Sem quaisquer alternativas.

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