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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Quando o vi dançar...

Quando nos identificamos com algo, histórias passam em nossa cabeça e muitas vezes se traduzem em nosso corpo... Quando a extenção do nosso imaginário se manifesta nas artes, temos um mundo a compartilhar, o mundo das sensações que nos agita, e nossas obras são a forma como devolvemos tamanha agitação.
Quando algo me comove, isso me move! Faz-me querer saltar da cadeira e dançar ou ainda escrever... pintar as paredes com guache e vinho, comer rosas e recitar poemas... meus, do Quintana, de todas as pessoas de Pessoa, de todos os poetas que possam cochichar em meu ouvido!
E ainda me faz transcender! Eu existo e logo me reinvento porque quero alcançar a magnitude do que acabei de ver... Quero ser tão eterna quanto a beleza de um quadro, de uma dança, de um bilhete debaixo da mesa!
Quero manifestar-me e concluir meu começo... POr onde começo?
As lágrimas brotam, mas não é tristeza, é IDENTIFICAÇÃO! É reconhecer-se no abstrato, no etéreo da arte, no instante que não volta do giro do bailarino!
é olhar e querer parar o tempo...
é parar o tempo para registrar tudo...
registrar tudo não em simples testemunho
Mas em arte... ao criar... nascer... entrever...

Dominique Mercy_in "Ten Chi", espetáculo do Tazntheater Wuppertal Pina Bausch

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